"A partir da sanção desta lei haverá a brecha para
enquadrar –por arbítrio de algum juiz– lutas legítimas por direitos sociais
como crime de terrorismo, sujeito a pena de 16 a 24 anos de prisão", diz
Guilherme Boulos, um dos líderes do MTST; "É notório que no Brasil não há
ações ou grupos terroristas que justifiquem tal lei. Ou melhor, há sim uma
forma de terrorismo historicamente estabelecida por aqui: o terrorismo de
Estado"
247 – O projeto aprovado na última quarta-feira pelo
Senado Federal, que tipifica o crime de terrorismo, recebeu duras críticas de
Guilherme Boulos, um dos coordenadores do MTST.
"A consequência é preocupante. A partir da sanção desta
lei haverá a brecha para enquadrar –por arbítrio de algum juiz– lutas legítimas
por direitos sociais como crime de terrorismo, sujeito a pena de 16 a 24 anos
de prisão", disse ele, no artigo. Quem são os terroristas?.
"É notório que no Brasil não há ações ou grupos
terroristas que justifiquem tal lei. Ou melhor, há sim uma forma de terrorismo
historicamente estabelecida por aqui: o terrorismo de Estado", afirma.
"Um Estado que extermina milhares de jovens negros nas periferias todos os
anos mereceria esta qualificação. No ano passado, as polícias brasileiras
mataram pelo menos 3.022 pessoas, mais do que o ataque terrorista de 11 de
Setembro nos Estados Unidos."
Fonte: Brasil 247
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