terça-feira, 24 de novembro de 2015

Quintas Urbanas 2015 - Começa amanhã

Amanhã, dia 25 de novembro de 2015, às 8h no Memorial Darcy Ribeiro (Beijodrómo) tem inicio o cerimonial de abertura do seminário internacional do projeto Quintas Urbanas 2015 em sua 12ª edição. Depois de meses de reuniões para construir o seminário é com grande satisfação que apresentamos a comunidade acadêmica e a comunidade em geral um espaço impar para debater sobre temas atuais e relevantes para a compreensão da atual conjuntura. O Quintas Urbanas se posiciona a favor da luta dos povos pelo bem viver e contra o imperialismo, e convida a todos e  todas a participar do seminário, dos debates e a também a se posicionar.

Quintas Urbanas 2015 - Seminário Internacional
"A luta dos povos pelo bem-viver contra o imperialismo"
De 25 a 27 de novembro
Vagas limitadas

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Comunicações aprovadas para apresentação no XII Quintas Urbanas - Seminário Internacional

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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Saulo Ferreira Feitosa estará no Quintas Urbanas 2015

O renomado pesquisador Saulo Ferreira Feitosa estará presente no Quintas Urbanas 2015. Ele será um dos conferencistas da Mesa 1: O monopólio dos bens simbólicos na reprodução do imperialismo, que será na manhã de quarta (25/11) as 10h.

Entre outros assuntos FEITOSA discute a questão urgente dos direitos dos povos indígenas que seguem sendo brutalmente atacados dentro do contexto neoliberal.

Acompanhe abaixo um breve currículo de Saulo Ferreira Feitosa e uma matéria de UnB Agencia sobre ele: 


FEITOSA, Saulo Ferreira: Especialista em Bioética e mestre em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília (UnB), mestre em História pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Doutor em Bioética pela Universidade de Brasília. Estudou Odontologia na Universidade Federal de Alagoas e Teologia no Instituto Teológico do Recife - PE. Possui Licenciatura Plena em História pela Fundação de Ensino Superior de Olinda. Atualmente é professor do curso de medicina da Universidade Federal de Pernambuco, no Centro Acadêmico do Agreste. Professor do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Bioética da Cátedra UNESCO de Bioética da Universidade de Brasília desde 2007. Membro-Titular da Comissão Nacional de Política Indigenista do Ministério da Justiça desde 2007. Membro-Titular da Comissão Brasileira de Justiça e Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no período de 2009-2013. Membro dirigente do Conselho Indigenista Missionário, onde atua desde 1984, desenvolvendo atividades na área de formação e assessoria especializada às comunidades e lideranças indígenas em várias regiões do Brasil.

Pesquisador discute infanticídio indígena à luz da Bioética

Prática comum em algumas comunidades indígenas não pode ser considerada como crime, pois faz parte da cultura tradicional

Thais Antonio - Da Secretaria de Comunicação da UnB


O tema do infanticídio indígena foi objeto da dissertação de Saulo Ferreira Feitosa, mestre em Ciências da Saúde com a pesquisa Pluralismo Moral e Direito à Vida: apontamentos bioéticos sobre a prática do infanticídio em comunidades indígenas do Brasil. O autor promove uma discussão bioética sobre uma prática tradicional. Ele defende a autonomia dos povos indígenas e explica que qualquer intervenção nos costumes tradicionais deve considerar a cultura de cada povo. “A dissertação não defende o infanticídio, mas a legitimidade da autonomia desses povos”, diz Saulo.

“Para que haja o infanticídio, é preciso que haja nascimento. Infanticídio é uma categoria da sociedade branca que se refere ao ato de matar uma criança”, afirma. Segundo o pesquisador, os eventos que ocorrem entre os povos indígenas não podem ser equiparados ao que acontece na sociedade ocidental. “O que acontece nas comunidades indígenas são ‘interditos de vida’ antes que o nascimento ocorra, já que o nascimento em alguns povos é cultural”, explica. Para algumas comunidades, o fato de nascer biologicamente não significa ter nascido. “Para o indígena, o nascimento não é biológico, é social”, afirma Volnei Garrafa. Professor e pesquisador explicam que o ato de nascer não está vinculado ao parto. Logo, não se pode considerar o interdito como morte. 

Há no Brasil, pelo menos 240 povos indígenas catalogados. Destes, cerca de oito praticam o “interdito de vida”. Normalmente, são comunidades mais afastadas, que têm pouco ou nenhum contato com a sociedade branca. O pesquisador propõe a discussão do tema sob uma ótica científica e defende que essa prática só pode ser interrompida a partir de uma intervenção que respeite a identidade de cada povo. “Intervenção é diferente de intromissão. Por meio de políticas públicas de assistência ao indígena e de discussão de direitos humanos, é possível promover o fortalecimento de aspectos que reforcem os mecanismos de proteção à criança dentro da comunidade”, defende Saulo.

“Bioética é a ética aplicada”, diz Volnei Garrafa quando explica que a dissertação conseguiu dar uma resposta concreta a uma questão que é julgada sob um ponto de vista ocidental. A partir da Bioética de Intervenção, a corrente escolhida por Saulo para abordar o tema, qualquer interferência feita nas comunidades indígenas deve respeitar as tradições dos povos. O pesquisador defende a autonomia da prática de tradições indígenas. “Cabe a cada povo definir os rumos de seus hábitos e costumes”, diz.

Volnei explica a importância de perceber as diferenças culturais entre as leis e práticas ocidentais e as dos povos indígenas. “É preciso perceber as nuances, considerar o pluralismo cultural”, afirma. Saulo conta que algumas “intromissões” feitas por pessoas de fora da comunidade tiveram resultados desastrosos, como rejeição e até morte de crianças.

Um caso publicado pelo Conselho de Medicina de São Paulo descreve a “intromissão” de um médico num caso de gravidez de gêmeos. Segundo o costume do povo, por uma questão de cosmologia, só o gêmeo “do bem” deveria sobreviver. Um dos gêmeos, o “do mal”, deveria ser sacrificado. "Os gêmeos seriam o sol e a lua. E o sol e a lua não podem conviver”, explica Saulo. Para evitar a morte de uma das crianças, o médico omitiu da mãe que ela tinha dado à luz a duas crianças e entregou a ela apenas uma. A outra seria cuidada por um funcionário contratado. A mãe ficou sabendo do que aconteceu a sacrificou a criança que estava com ela. A sobrevivente retornou à tribo e ficou aos cuidados da avó materna, sendo rejeitada por todos os seus pares.

A partir de 2005, grupos de religiosos evangélicos começaram a levantar a discussão sobre o infanticídio, alegando que deveria haver leis específicas para punir esse tipo de prática dos povos indígenas. Em 2007, a Lei Muwaji foi proposta pelo Deputado Henrique Afonso (PT/AC), sugerindo “o combate a práticas tradicionais nocivas e à proteção dos direitos fundamentais de crianças indígenas, bem como pertencentes a outras sociedades ditas não tradicionais”.

O infanticídio já existe no código penal e os indígenas estão submetidos à legislação brasileira. “Não tem cabimento uma lei elaborada especificamente para os indígenas”, diz Saulo Feitosa. Em sua pesquisa, ele procurou legitimar as práticas tradicionais de grupos indígenas, conferindo-lhes o direito de autonomia, uma vez que suas tradições não se originam dentro da sociedade ocidental, não sendo possível sujeitá-las à ética e à moral dessa sociedade.

Fontes: Escavador.com
              UnB Agencia

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Programação Cultural do Quintas Urbanas 2015

Este ano a programação cultural do Quintas Urbanas esta especial e contará com sessão de autógrafos e lançamentos de livros, comemoração dos 20 anos do Núcleo de estudos Cubanos e ainda um tributo ao gênio e maior nome da música brasileira de todos os tempos Chico Buarque. Vale apena conferir!

Noite de quinta 26/11 – Programação Cultural

18:30h Sessão de autógrafos e lançamento de livros
Coordenação:Abadio A. B. de Oliveira
Livro: Universidade e Movimentos Sociais
Autores: Erlando da Silva Rêses (org.)
Editora: Fino Traço
Livro: Breve introdução à economia mundial contemporânea: a acumulação do capital e suas crises.
Autor: Gilson Dantas
Editora: Do autor

19:00h Festividades em Comemoração dos 20 anos do Nescuba/Ceam
Coordenação: Maria Auxiliadora César - Dôra (NESCUBA/CEAM)
Apresentação do grupo de salsa Corazón Salsero

19:30h Apresentação musical

Coordenação: Tyayro Pimenta
Apresentação Musical: “Tributo brasiliense a Chico Buarque”

Banda: Tyayro e banda 
Participação especial de Dhi Ribeiro




segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Quintas Urbanas 2015 e NESCUBA

O Quintas Urbanas se orgulha de ter como parceiro o Núcleo de Estudos Cubanos (NESCUBA) a 5 anos e para comemorar essa parceria e ainda os 20 anos do NESCUBA, faremos uma comemoração dentro da programação do Quintas Urbanas 2015. 

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Fonte: Quintas Urbanas

Quintas Urbanas 2015: A LUTA DOS POVOS PELO BEM-VIVER CONTRA O IMPERIALISMO

 “Bien Vivir es, probablemente, la formulación más antigua en la resistencia indígena contra la Colonialidad del Poder”. (Aníbal Quijano)

No momento em que o mundo parece submergir, definitivamente, à barbárie de uma civilização dita moderna, em que todos os Estados se encontram subordinados ao capital financeiro internacional acendeu-se, por iniciativa dos povos tradicionais andinos uma palavra de esperança e de luz na busca da resistência e da tolerância entre civilizações marcadas pelo ódio. Este chamamento à sobrevivência dos oprimidos tem um nome: Bem-viver.

Bem-viver quer dizer acima de tudo a possibilidade da vida fora dos parâmetros do “bem-estar” proclamados pela modernidade ocidental eurocêntrica e capitalista, ou seja, fora da lógica da colonialidade.

Seguindo a trajetória do Quintas Urbanas no seminário de 2013 alertávamos sobre as várias expressões da barbárie; em 2014 sobre a crise da democracia e as novas investidas de criminalização dos movimentos sociais; agora alertamos para o risco da sobrevivência da espécie humana se não mudarmos o conceito de uma vida em comum e com a natureza em busca de um futuro. A vida corre perigo!

Para este ano o Quintas Urbanas da UnB tem a honra de trazer ao público em geral, e a seus estudantes dos campi universitários e pólos de Ensino a Distância, as diferentes perspectivas latino-americanas (Bolívia, Brasil, Cuba e Equador) sobre o significado histórico da luta dos povos pelo bem-viver. Entendemos ser este um momento de crise estrutural do capital que se caracteriza pelo acirramento das expressões de perda de direitos humanos, sociais e políticos, principalmente em relação aos povos indígenas nos quatro cantos do mundo.

Destacaremos algumas das expressões imperialistas e neocolonialistas mais evidentes. Propomos cinco mesas com a presença de convidados conferencistas e comentadores de renome internacional. Entendemos que falar de bem-viver como esperança só é possível quando identificamos seu contrário e antagônico que é o capital, sobretudo o financeiro na sua sanha de mais poder via subordinação dos Estados nacionais. Na terra o anti-bem-viver se manifesta no agronegócio; no ar pelas ondas digitais e analógicas de comunicação como agentes de reprodução da ideologia dominante; na água sob o interesse do hidronegócio e ainda, na forma do fogo destrutivo proporcionado pelo uso das armas cada vez mais letais produzidas por uma indústria bélica de alta tecnologia para matança generalizada.

Este seminário vai na contramão do senso comum e da propaganda enganosa que admite a compatibilidade entre a manutenção existencial dos povos indígenas na sua filosofia do bem-viver com o aumento incontrolável das pressões pela desterritorialização desses povos e a liberação de recursos naturais ao mercado internacional de commodities.

Conclamamos a todos os povos do mundo. Uni-vos! Em prol de uma nova fraternidade em coexistência com a natureza por meio da essencial denúncia e do grito de esperança contido no conceito de bem-viver dos povos andinos contra o imperialismo. Compartilhamos essa idéia de que outro mundo é possível e essa chama acesa na América Latina muito antes das primeiras caravelas, poderá se espalhar, via internet, para todos homens e mulheres de todas as nações em busca de uma outra forma de organização social não submetida à ordem do capital.

Fonte: Quintas Urbanas

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Maria Helena Rauta Ramos estará no Quintas Urbanas 2015


A professora Maria Helena Rauta Ramos estará no Quintas Urbanas 2015, na tarde de sexta feira, dia 27/11 na Faculdade UnB de Planaltina - FUP. A organizadora do livro Metamorfoses Sociais e Políticas Urbanas será uma das conferencistas da mesa 5: Agua: nova investida do capitalismo imperial. 

Abaixo a síntese do currículo de Rauta Ramos:

Maria Helena Rauta Ramos, possui graduação em Serviço Social pela Universidade Federal do Espírito Santo (1968), mestrado em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1977) e doutorado em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1994). Atualmente é coordenador do locuss, rede nacional de núcleos de pesquisa, na qualidade de professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro; exerce o cargo de professor adjunto da Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória; e desenvolve pesquisa no campo das políticas urbanas relacionadas ao papel desenvolvido pelas cidades na divisão terriotorial do trabalho, estudando o efeito da difusão no uso das novas tecnologias de informação e comunicação (Revolução Informacional). No Espírito Santo, vem desenvolvendo pesquisa relativa à proteção ambiental em face dos impactos da indústria de pelotização, no município de Anchieta, e dos novos projetos industriais (Petróleo, mineralogia e siderurgia). Tem experiência na área de Serviço Social, com ênfase em Desenvolvimento local atuando principalmente nos seguintes temas: serviço social, segregação sócio-espacial, trabalho, poder local, políticas urbanas e desenvolvimento da pesca.

Metamorfoses Sociais e Políticas Urbanas
Livro organizado por Rauta Ramos